domingo, 23 de junho de 2013

Novamente uma greve e os exames nacionais

Sempre que há uma greve, os sindicatos falam de uns valores e o governo de outros, tal como aconteceu dia 17 de junho de 2013 nos exames de português e de latim. Novamente, ouvimos os partidos de esquerda, que nunca governaram a pedir e elogiarem a greve. Sempre mais do mesmo. Claro, esses senhores não têm as cotas de responsabilidade na política educativa (e política em geral) como os casos de PS e PSD (muitas das vezes com o CDS a reboque). Apenas têm responsabilidade em muitas matérias. Descuram que a festa do Avante é contra a forma legal de financiamento dos partidos, mas isso nunca falam. Apenas criticam por criticar, num sistema que não funciona, pois felizmente o comunismo caiu.
Referente às greves o governo anda às aranhas, novamente. Por um lado, não mudou um exame, quando os professores faziam greve ao exame. Mas agora antecipam um exame nacional do 6º e 9º ano. Qual o sentido de mudarem a greve nesta altura? Parece uma contradição do governo. Mas uma das contradições do governo, porque um governo que mente descaradamente não terá o crédito dos portugueses.
O meu problema não é uma greve geral ou algo do género. O problema é que não se pensa no ensino. O problema é que quem governa não é responsabilizado juridicamente. O problema é que quem governa descura o ensino, que deveria de ser uma prioridade. Não há nenhum plano a longo prazo sobre o ensino. Entra outro governo, que muda as políticas educativas. Depois queixam-se quer dos professores, quer dos alunos. Antes disso, pensem um pouco.
Não peço que quem governe pense, pois isso é impossível. É impossível um ignorante só por estar no governo ou no parlamento que pense. Mas qual o sentido de uma escola onde pouco se aprende que diga respeito aos nossos dias e o ensino é demasiado teórico?

A democracia, deve começar nas escolas, é necessário conhecer as ideias políticas, a história, a economia. Mas qual o sentido de uma democracia, onde um grupo de pessoas dos sindicatos fazem greves quando querem, e nunca pensam? Qual o sentido da democracia, onde quem governa não ouve o povo? Qual o sentido de uma democracia, onde não há espírito crítico? Qual o sentido da democracia, quando nas escolas, não se aprendem aspetos práticos, com fundamentos teóricos e filosóficos? 

A incongruência de Cavaco Silva

Vou atender ao atual presidente da república. Destaco, que é o político português, que mais maiorias absolutas teve na história da democracia. Mas isso não é desculpa pela sua incongruência enquanto governante. Quando foi primeiro-ministro, instituiu medidas que hoje em dia muito prejudicam as pessoas. Depois é necessário ter em atenção, que foi o criador do “monstro”, o Estado obeso. Este senhor, criou um estado gordo, e muitas das vezes disfuncional. Este senhor, em termos políticos, é altamente intervencionista, enquanto primeiro-ministro. Basta que se olhem para as críticas ao intervencionismo estatal, por autores da escola austríaca, e se vejam os erros da demasia intervenção. Neste momento o senhor Cavaco Silva, é presidente da república, e usa o mínimo os poderes que têm. Em alguns aspetos, parece ser algo tendencioso. Mas é necessário ter em atenção, que o senhor Cavaco, é presidente numa das maiores crises que atingiram Portugal. Não o estou a desculpabilizar, nem nada do género.

Cavaco Silva parece-me incongruente: enquanto primeiro-ministro, era altamente intervencionista, quando é presidente da república é minimalista. Não é uma incongruência que o senhor Cavaco Silva, tenha duas posições, uma, enquanto presidente da república, e outra, oposta, enquanto primeiro-ministro?

sábado, 15 de junho de 2013

Não à greve dos professores de dia 17 de junho

Ao que me consta, os professores, que estão ligados a vários sindicatos irão fazer greve ao exame de português e de latim dia 17 de junho. Greve essa que afetará os estudantes. É preciso esclarecer o seguinte: qual o papel dos sindicatos referentes aos professores? Não percebo o poder que têm, pois os sindicatos são partidos políticos de esquerda que apenas querem direitos, mas descuram os deveres, mas mais importante que isso, descuram quem representam. Irão acusar-me de não respeitar a constituição, mas a constituição é um texto político ideológico de esquerda.
Oponho-me a esta greve em especial. Por que quem serão os prejudicados serão os alunos. Muitos desses alunos querem ir para a universidade no próximo ano letivo e se forem prejudicados, será que os sindicatos irão arranjar uma nova data para os exames? Bem, infelizmente parece-me que não.
Compreendo o que dizem os sindicatos, mas agora fazerem de reféns os alunos, não é responsável, especialmente numa das áreas mais importantes da política: a educação (política educativa, que não devem apenas fazer partes os governos, mas inclusive os sindicatos). Mas ao que me parece, os sindicatos não são responsáveis, nem têm essa pretensão. Compreender o que os sindicados é uma coisa, outra coisa é eu concordar que haja uma greve, outra coisa, diferente é fazerem greve aos exames. Não sou muito favorável a greves, mas isso é uma ideia ideológica da minha parte. Sou contra a greve que afetará os alunos da impossibilidade de fazerem os exames nacionais, especialmente, na disciplina que mais alunos tem.
Claro que se o governo mudar a data do exame, ficará refém os sindicatos, pois abrirá um precedente que não poderá acontecer. A única coisa que o governo deve fazer é: primeiro, pensar no melhor modelo educativo, pois se o modelo que temos não funciona é preferível escolher um melhor modelo. Mas em Portugal não se fazem reformais reais na educação, porque uma reforma educativa não é de um ou dois anos, mas décadas. Não podemos pedir resultados brilhantes no ano seguinte à lei estar estabelecida, isso seria demagógico.

Termino considerando que se os sindicatos poderem fazer o que querem, isso prejudicará os alunos. Claro que sei que em alguns casos os professores estão a ser constantemente prejudicados, mas isso é um tema para outro texto. Como é possível os DOUTORES dos sindicatos quererem defender a escola pública, quando fazem uma greve a um exame nacional? Os sindicatos, de todos os setores, apenas fazem greves, e não pensam no bem das pessoas, mas se nem os governos fazem, que irão fazer os sindicatos?  

domingo, 26 de maio de 2013

Como poupar uns trocos


Ouve-se constantemente que se têm que fazer cortes. Muitos desses cortes irão afetar pessoas. O que é deveras duro, para quem paga muitos impostos. Neste texto abordarei o que se pode poupar sem afetar as populações que tanto contribuem para o bem público. Deveriam cortar-se nos salários dos deputados na Assembleia da República (50% do salário – pois há quem viva com 500 euros, porque não reduzir apenas em 50%?). Acabar com as despesas de deslocação de um deputado, por exemplo se um deputado é de Bragança não deve receber a mais por não ter casa própria em Lisboa, porque no caso de eu ser professor não receberei a mais por dar aulas longe de minha casa. Reduzir o número de deputados na Assembleia da República, pois se o mínimo que podem ter segundo a lei é de 180, porque não poupar 50 lugares (deve estar lá quem é mesmo preciso). Acabar com a frota automóvel dos partidos com assento parlamentar e acabar com os carros que fazer parte do Estado (se eu me quiser deslocar de Viana do Castelo para Faro uso o comboio ou autocarro ou carro próprio, não uso carro que o erário público paga). O salário que ganha o primeiro-ministro e os seus ministros deve ser reduzido, mais que 50%, para dar o exemplo, bem como reduzir severamente o salário dos secretários de estado mais de 50%. Reduzir para mais de metade do salário do Presidente da República. Impossibilitar que um gestor de uma empresa pública ganhe mais que o primeiro-ministro. Impossibilitar que ninguém na função pública ganhe mais que o primeiro-ministro (falo com menos de 50% do seu vencimento). Quem quer neste caso ser político ou gestor público, se tiver menos salário (claro que a resposta será positiva, pois o problema não é apenas o que agora auferem, mas o que no futuro, quando deixarem a vida política recebem)?
Acabar com as pensões milionárias da função pública, incluindo as pensões de políticos que ao fim de 3 mandatos se podem reformar. Impedir os Juízes do Tribunal Constitucional que ao fim de 12 anos se possam reformar. Impedir que qualquer profissional do setor público ganhe mais que o primeiro-ministro.
Acabar definitivamente com as Parcerias Público Privadas, rasgar os acordos ruinosos. Deixar que o BPN, mesmo que privatizado, prejudique o erário público. Isto é, se o banco é privado, e tem uma pequena cota de mercado (até mesmo que tivesse uma grande cota de mercado) porque motivo o anterior primeiro-ministro não o deixou ir à FALÊNCIA, sim porque se eu tiver uma empresa com 500 trabalhadores e fechar, o Estado não me vai ajudar. Acabar com a Swap, que prejudicam o erário público em 3 mil milhões de euros.
Impedir que as obras públicas custem mais que o planeado (muitas das vezes custam o dobro do que devem custar).
Acabar com as rendas excessivas em setores da energia, por exemplo a EDP é uma empresa privada, mas como tem o monopólio do mercado. Por que motivo deixam que o seu presidente (presidente da EDP) num ano de crise triplique o salário, quando muitos passam fome?
Os políticos que endividam quer o país, quer as autarquias, deviam de responder em tribunal, e deveriam de ser impedidos de trabalhar na função pública para o resto das suas vidas.
Penso que com o que disse em cima poderá ajudar a colmatar o défice. É necessário pensar que a minha posição nem é de esquerda nem de direita. Porque se for de poupar quem governa deve dar o exemplo. Quando muitas pessoas passam fome, porque deixar que um certo número de pessoas (classe política e gestores públicos) ganhe demasiado? Se o exemplo vem de cima, porque nunca se fez isso em Portugal?
Vão-me chamar demagogo por pedir isto. Experimentem fazer isto por um ano e vejam o que poupam. É necessário ser economista para propor medidas destas? O injusto é a disparidade entre o salário de um político medíocre e o salário de outro funcionário público qualquer.

domingo, 12 de maio de 2013

O (des)governo já se suicidou?

Com tantas asneiras políticas que o governo comete é normal que nas sondagens perca intensões de voto em detrimento de um partido que ajudou o país a se afundar. O governo atual é tao ingovernável, que mesmo com a saída de Miguel Relvas, a comunicação não existe. Parece que não irá existir, porque isso é um problema de fundo dos partidos do governo. O problema do governo é a falta de preparação de certos ministros e de certos secretários de estado. Não quero tomar nenhuma parte pelo todo, acho que estaria errado nessa análise. Acho que o governo a ir assim não voltará a viver por muito tempo. Basta que se olhe para as confusões entre o PSD e o CDS, um desgoverno total. O que querem afinal, os líderes dos dois partidos que fazem parte do governo, quando não resolvem os problemas de fundo?
Parece que o governo a cada passo pioria, parece que nem com os tratamentos da mudança de ministros isso resolveu.
Todas as semanas se pensa que o governo vai cair. Será que é desta? Os membros do PS, estão de garras afiadas para próximas eleições.
O governo pode não cair agora, mas que a cada passo parece que vai suicidar, mas não sei, por obras mágicas isso não acontece. Não se irá suicidar, apenas irá morrer através de uma morte violenta, em 2015. Também basta que se olhem para as medidas que pensam em executar. Medidas que são suicidadas para as pessoas. Medidas que descuram as pessoas, e que pensam apenas em números. Eu não quero ser mais um número, nem ninguém quer ser um número, e quem governa não pensa isso, Há um desfasamento entre quem governa e quem é governado.

Pedro Passos Coelho e António José Seguro: Um caminhar em conjunto


Fala-se constantemente nas diferenças entre Pedro Passos Coelho e António José Seguro. Em primeiro lugar, as diferenças são de partido, em segundo lugar as diferenças são ideológicas, em terceiro lugar são as perspetivas económicas. Tudo o que disse são realmente diferenças. Mas isso toda a gente sabe.
Vamos olhar para as semelhanças entre o atual primeiro-ministro e o candidato do maior partido da oposição. Os dois se formaram em juventudes partidárias. Isto é, o antro de podridão, onde pouco de discute, e onde se pensa que por se ser líder de uma juventude faz com que possa ser um bom candidato para primeiro-ministro. Isso é de todo errado. Como irão gerir o erário público pessoas que nunca souberam gerir uma empresa? (Estar questão até pode não ser formulada dessa maneira, até porque eu posso gerir muito bem uma empresa e não saber gerir o erário público do melhor modo)
Quando olharmos para a formação cultural dos dois senhores doutores (digo doutores com o maior sarcasmo), o que vemos afinal? Que cultura, e conhecimentos têm do mundo? O que pensam realmente pelas suas cabeças e não pelas cabeças dos partidos políticos? O que pensam da história política e económica de Portugal do século XX? O que conhecem da história mundial? Isto, pode parecer algo exagerado da minha parte. Mas, mais importante que executar as ideias dos diversos partidos, é mais importante olhar para este aspeto. Coloco as questões, sei que não terei uma resposta, porque para quem governa apenas o que interessa é chegar ao poder e fazer com que o partido tenha maioria absoluta.
Olho para os dois, mesmo que se digam diferentes não são. Qual a sua ideia sobre o Estado que querem? Sabemos algumas ideias de Pedro Passos Coelho, e que sabemos afinal de António José Seguro? O que conhecem eles afinal, para terem um lugar tao importante (o Pedro já tem esse lugar)?
A questão da diferença entre Coelho e Seguro assemelha-se à suposta diferença entre o PSD e o PS, qual na prática a diferença entre os dois partidos?
Se olharmos para os perfis de cada um, vemos a mesma coisa. Um vazio total de ideias. Um desconhecimento lato da realidade portuguesa. É normal que assim seja, pois se são políticos profissionais descuram tudo o resto. É fácil pedir maiorias absolutas para governar, mais difícil é mudar uma lei eleitoral que poderá ajudar a melhorar a democracia. Mas isso não interessa, pois estaria a tirar o lugar de certos senhores que pouco ou nada conhecem.
Penso que se estamos mal com o Coelho, mas estaremos mal com o Seguro. Isto porque quando são eleitos pelo seu partido, quem os elege é a base e ir contra a base é ir contra o partido, e ir contra o partido é uma traição, segundo eles, bem maior que alterar o sistema económico.
O que produziram para o país, estes dois senhores? O que fizeram para o país, dois antigos líderes de juventudes partidárias?
Afinal, o que haverá de diferente entre Seguro e Coelho? Eu penso que pouco ou nada. Depois vem o aspeto de prometer o impossível. Quando Coelho prometeu que não aumentaria os impostos, mentiu descaradamente, quando aumentou os impostos para os valores mais elevados de sempre. Referente a Seguro, quando este recentemente pediu uma maioria absoluta e que iria conseguir 12 mil milhões de euros para a economia, grande parte desse dinheiro apenas será possível se entidades externas ao governo quiserem dar, o que em certas ocasiões parece difícil.
O que os dois querem (um quis e conseguir – o Coelho), é serem eleitos tendo maioria absoluta de modo a que possam governar a seu bel-prazer. O que interessa é que tenham chegado ao poder, apenas querendo o poder pelo poder.  
Como podem estar preparados para governar, quando pouco conhecem? Como pode querer governar bem, quando a sua formação é na podridão das juventudes partidárias? Como podem governar, quando pouca cultura política têm?
Com um percurso são semelhante, em que separa afinal, Pedro Passos Coelho e António José Seguro? Quando na sua génese os dois caminham lado a lado, mesmo que em caminhos opostos, descuram o mais importante: as pessoas que devem estar no centro da política.

sábado, 4 de maio de 2013

Assim não vamos lá


Na última declaração do primeiro-ministro, de dia 3 de maio, este anunciou mais medidas de austeridade. Medidas essas de austeridade quer dizer, mais desemprego, mais receção, e menos economia. As medidas equivalem a poupar quase tanto com o buraco do BNP (cerca de cinco mil milhões de euros – peço desculpa por não saber o valor ao certo, mas não sou economista, e as palavras do primeiro-ministro não dizem tudo sobre os cortes). Compreendo a posição do governo, relativamente a cortes. Mas uma coisa é eu compreender a posição do governo relativamente aos cortes, outra coisa é considerar que onde são feitos os cortes são nos locais certos. Independentemente do que acontece, diz-se que costumam ser prejudicados os funcionários públicos e os reformados. Compreendo que se façam cortes, mas não compreendo quando esses cortes afetam as pessoas. Podem argumentar que mandar para o desemprego 30 mil funcionários públicos é mal, mas quantos funcionários públicos estão no desemprego? Quantos funcionários do setor provado estado no desemprego? Não me estou a por de nenhum lado, apenas estou numa reflexão especulativa.
Os últimos cortes que foram feitos não deram em muito bom resultado. Basta que se olhe para os números, que os DOUTORES de economia nos mostram (falo de organismos, quer estatais, quer da União Europeia). O resultado deles é bem pesado, e com graves consequências sociais. Se eu for um médico e tiver um doente que recebe uma dosagem bem forte de medicamentos e ao fim de um ano o doente não está melhor, qual o sentido de continuar a aumentar essa medicação, quando quem é prejudicado é o doente?
Atenção, não estou aqui a defender nenhum caminho contra a austeridade, ou algo do género. Não quero entrar num discurso demagogo que não temos que pagar a dívida que foi contraída quer por governos anteriores, quer por este governo. Estou a dizer que se a formula apresentada não resultou o que faz com que pensem que agora resulta?
Vamos agora imaginar tecnocraticamente que as pessoas não interessam para a política e apenas interessam os mercados. Se eu pensar assim, e se a política tem por objetivo ter resultados, qual o sentido de estar a pensar em cortes que em nada beneficiam a economia? Não sou defensor desta posição, acho que é um erro, pois a política é uma das formas do homem se organizar e de discutir os problemas, e o homem deve estar no centro da atuação da política.
Onde está afinal o crescimento económico que nos era prometido em 2013? Basta que se olhe para a Grécia, imensa austeridade e consequente ausência de crescimento económico que continuam hoje pior que ontem, é esse o caminho que queremos? É isso o caminho que quer o primeiro-ministro?
Nota: o meu texto acima foi referente às medidas de austeridade que dia 3 de maio foram anunciadas.